segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Parque Estadual do Biribiri

O projeto Parque Escola da UFVJM é destaque no Globo Universitário


09/07/2011 07h43 - Atualizado em 05/08/2011 19h49

Universidade mineira realiza projeto de educação ambiental

 em escolas

Através de oficinas e visitas ao Parque Estadual do Biribiri, UFVJM leva informação a alunos da rede pública de ensino fundamental de Diamantina

Parque do Biribiri (Foto: Divulgação)Cachoeiras do Parque do Biribiri fazem parte das
trilhas escolhidas pelo projeto (Foto: Divulgação)
Em Diamantina, Minas Gerais, estudantes de escolas públicas, do quinto ao nono ano do Ensino Fundamental, estão aprendendo educação ambiental não apenas em sala de aula, mas também em trilhas e cachoeiras do Parque Estadual do Biribiri. Projeto do curso de Turismo da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), “O Parque e a escola: uma proposta de interpretação ambiental em busca de valorização do patrimônio natural municipal” procura valorizar o patrimônio natural da região estimulando a interação dos estudantes com a natureza.

“Em sala de aula, promovemos oficinas de mobilização ambiental. A partir das oficinas, levamos os alunos para conhecer algumas trilhas dentro do Parque Estadual de Biribiri, onde desenvolvemos atividades de interpretação ambiental. São trabalhados diversos temas a cada visita em campo”, conta a coordenadora do projeto, professora Virgínia Martins Fonseca.

Ao todo, são entre cinco e sete oficinas em sala de aula durante o ano letivo. Estudantes de oito turmas, de quatro escolas selecionadas, participam de atividades que abordam temas como a importância da água, a diversidade da fauna e da flora, produção de lixo e consumo responsável.

A ideia é aproximar o que é tratado na teoria à realidade do Parque do Biribiri. “Há um tema relacionado à importância das áreas protegidas e, consequentemente, da importância da implantação do Biribiri. Assim como as questões referentes aos riscos que uma trilha pode gerar, a postura dos alunos na trilha, a importância dos gestores da unidade de conservação para que eles entendam o contexto e como devem lidar com essa área protegida”, diz Fonseca.

Transformado em unidade de conservação em 1998, o Parque Biribiri até hoje não teve uma regularização fundiária. Isso quer dizer que não há cercas ou algo que delimite fisicamente os seus quase 17 mil hectares. Devido à proximidade com a área urbana de Diamantina, as trilhas e as cachoeiras de Biribiri – principalmente a do Sentinela e a dos Cristais – são utilizadas como áreas de lazer.

Mas a visitação pode botar a vegetação nativa, composta por Cerrado, Campos Rupestres e Matas de Galeria, e a fauna, que abriga espécies em extinção, como o lobo-guará e a onça-parda, em risco. É comum a população usar as margens dos rios para fazer churrasco, os visitantes levarem animais e deixarem lixo no parque. Sem falar da retirada ilegal de lenha e de espécies da flora. A professora espera que o projeto colabore para melhorar a relação dos moradores da região com a unidade de conservação e, assim, possa evitar a degradação.

“Os alunos utilizavam a trilha apenas como acesso, e não como um instrumento de educação ambiental. Quando percorremos a trilha, tentamos apresentar algum aspecto que está em evidência naquele momento. Se há uma árvore florida, por exemplo, mostramos que árvore é, qual fruto ela produz, quais animais se alimentam do fruto e quais ajudam no processo de polinização. Temos um banco de dados sobre espécies da flora e da fauna, aspectos dos recursos hídricos e da paisagem”, finaliza.

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